“Talvez haja algum instinto secreto nos livros que os leve a seus leitores perfeitos. Se isso fosse verdade, seria encantador.” Juliet Ashton

Há alguns meses assisti ao filme A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata e fiquei encantada. Até escrevi sobre ele aqui. Comecei o ano comprando livros (seis), entre eles, o que dá nome ao filme, escrito por Mary Ann Shaffer e Annie Barrows.
Embora o filme tenha algumas diferenças em relação ao livro (nenhuma grave), o enredo é o mesmo. A história começa na Londres pós-guerra, onde todos ainda estão traumatizados pelas perdas que tiveram e com a cidade, que ainda está em escombros. Mesmo assim estão todos respirando aliviados pelo fim da guerra e tentando curar suas feridas. Juliet Ashton é uma escritora que lançou uma coletânea de seus artigos durante a Segunda Grande Guerra e obteve um certo sucesso. Seu editor, amigo e correspondente de cartas a manda para todos os cantos da Grã-Bretanha para o lançamento do livro.
Mas agora ela está num impasse. Quer escrever outro livro, dessa vez um de verdade, e não uma coletânea de artigos, mas está sem inspiração. Não consegue achar um assunto bom o suficiente para o livro.
Até que um dia recebe uma carta de um Dawsey Adams, que tem um livro de Charles Lamb, que pertenceu a ela, e escreve pedindo informações sobre livrarias de Londres onde possa encontrar mais obras do autor. Na carta ele fala que é membro da Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata, uma sociedade que começou por causa da ocupação alemã em Guernsey, uma ilha do Canal da Mancha, na costa da Normandia e dependência da Coroa Britânica. Juliet fica curiosa e começa a se corresponder não só com ele, como também com outros membros da sociedade. Uma ideia sobre seu novo livro começa a se formar. Ela fica tão encantada e curiosa com seus novos amigos de correspondência que resolve ir a Guernsey, para saber mais sobre a sociedade e seus membros.
O livro é um romance epistolar, que muita gente torce o nariz, mas eu particularmente adoro. Ele fala da ocupação alemã em Guernsey, de amizade, de amor, de solidariedade e, principalmente de livros e do amor das pessoas por eles. Você pode ir das lágrimas às gargalhadas em algumas páginas. É simplesmente sensacional. Você acaba se apaixonando por seus personagens e querendo ser amiga daquelas pessoas.
Fiquei tão fascinada pelo livro e seus personagens que resolvi pesquisar sobre a ilha de Guernsey. As fotos são lindas e a ilha já está na minha lista de lugares pra conhecer. Mais um!

Li o livro em dois dias, de tão bom. Leia e se emocione também.